30 novembro 2024

Lembranças de uma vigília

Ann Druyan

“É uma vigília de morte”, Carl me disse calmamente. “Vou morrer.” “Não”, protestei. “Você vai vencer desta vez, assim como já venceu antes, quando tudo parecia sem esperança.” Ele se virou para mim com aquele mesmo olhar que eu tinha visto inúmeras vezes nos debates e brigas de nossos vinte anos de trabalhos em conjunto e amor apaixonado. Com uma mistura de fino bom humor e ceticismo, mas, como sempre, sem nenhum vestígio de autopiedade, disse ironicamente: “Bem, vamos ver quem tem razão desta vez”. [...]

Ao contrário das fantasias dos fundamentalistas, não houve conversão no leito de morte, nenhum refúgio de última hora numa visão consoladora do céu ou de uma vida após a morte. Para Carl, o que mais importava era a verdade, e não apenas aquilo que poderia fazer com que nos sentíssemos melhor. Mesmo nessa hora, quando qualquer um seria perdoado por se afastar da realidade de nossa situação, Carl foi inabalável. Quando olhamos profundamente nos olhos um do outro, foi com a convicção partilhada de que a nossa maravilhosa vida em conjunto estava terminando para sempre.

Fonte: Sagan, C. 1998 [1997]. Bilhões e bilhões. SP, Companhia das Letras.

28 novembro 2024

Venus

Diane Ackerman

Low-keyed and perpetual,
a whirling sylph
whose white robe stripes
around her; taffeta
wimpled like a nun’s headcloth;
a buxom floozy with a pink boa;
mummy, whose black
sediment desiccates within; wasp-star
to Mayan Galileos;
an outpatient
wrapped in post-operative gauze;
Cleopatra in high August –
her flesh curling
in a heat mirage
lightyears
from Alexandria;
tacky white pulp
spigoted
through the belly of a larva;
the perfect courtesan:
obliging, thick-skinned,
and pleated with riddles,

Venus quietly mutates
in her ivory tower.

Deep within that
libidinous albedo
temperatures are hot enough
to boil led,
pressures
90 times more unyielding
than Earth’s.
And though layered cloud-decks
and haze strata
seem to breathe
like a giant bellows,
heaving and sighing
every 4 days,
the Venerean cocoon
is no cheery chrysalis
brewing a damselfly
or coaxing life
into a reticent grub,
but a sniffling atmosphere
40 miles thick
of sulphuric, hydrochloric,
and hydrofluoric acids
all sweating
like a global terrarium,
cutthroat, tart, and self-absorbed.
No sphagnum moss
or polypody fern here,
where blistering vapors
and rosy bile
hint at the arson
with which the Universe began.

Fonte (v. 25-49): Sobel, D. 2006. Os planetas. SP, Companhia das Letras. Poema publicado em livro em 1976.

26 novembro 2024

Pilhagem


Joseph Nicolas Robert Fleury (1797-1890). Pillage d’une maison dans la Giudecca de Venise au Moyen Âge. 1851.

Fonte da foto: Wikipedia.

25 novembro 2024

O estudo do comportamento

John Dennis Carthy

Denominamos comportamento aquilo que conseguimos perceber das reações de um animal ao ambiente que o cerca. [...]

Quando estudamos comportamento, estamos, na maior parte do tempo, lidando com alterações observáveis em movimento, postura, etc. Isto é, se um animal está parado e permanece assim depois de uma mudança no ambiente, podemos dizer muito pouco sobre suas reações. A ausência de atividade visível pode resultar de ele não perceber as mudanças, mas também sua reação a tais mudanças pode ser ficar quieto. Por outro lado, se um animal está se movendo ativamente e de repente para, no momento em que ocorre uma mudança no ambiente, sua inatividade é agora, para nós, uma reação significativa, diretamente relacionada à mudança. Assim, em nossa busca de uma explicação do comportamento de um animal, muito frequentemente estamos procurando alterações no comportamento que resultem de mudanças nos estímulos oriundos do ambiente.

Podem-se fazer cinco perguntas sobre qualquer padrão de comportamento. O que o causa? Qual é sua função? Como se desenvolve (a ontogênese do padrão)? Como evoluiu (a filogênese do padrão)? E – parte desta última – quanto dele é herdado? Muitas dessas questões também se podem fazer sobre uma característica morfológica; o estudo da ontogênese, da filogênese e da herança de tais características é uma parte essencial dos estudos anatômicos. Veremos que há muitos paralelos entre a evolução das características estruturais e comportamentais. Conceitos originados na morfologia, tais como os de homologia e analogia, também podem ser usados ao se descreverem padrões de comportamento.

Fonte: Carthy, J. D. 1969 [1966]. O estudo do comportamento. SP, Nacional & Edusp.

23 novembro 2024

Este quarto

Mário Quintana

Para Guilhermino César.

Este quarto de enfermo, tão deserto
de tudo, pois nem livros eu já leio
e a própria vida eu a deixei no meio
como um romance que ficasse aberto...

que me importa este quarto, em que desperto
como se despertasse em quarto alheio?
Eu olho é o céu! Imensamente perto,
o céu que me descansa como um seio.

Pois só o céu é que está perto, sim,
tão perto e tão amigo que parece
um grande olhar azul pousado em mim.

A morte deveria ser assim:
um céu que pouco a pouco anoitecesse
e a gente nem soubesse que era o fim.

Fonte: Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya. Poema publicado em livro em 1976.

22 novembro 2024

Escrever é fácil

Alexandre Raposo

Ao contrário do que muita gente pensa, escrever não é uma qualidade inata de alguns indivíduos superdotados. Em verdade, toda pessoa com um nível médio de educação deveria saber se expressar corretamente por escrito, não importando a profissão que exercesse. Escrever é uma exigência da vida em sociedade. E escrever com correção é tão importante quanto falar corretamente.

Raposo, A. 2006. Escrever é fácil, 3ª ed. RJ, Record.

20 novembro 2024

Guarda-te dos avarentos

Rei Salomão

[10] Meu filho, se os pecadores te atraírem com os seus afagos, não condescendas com eles. [11] Se te disserem: Vem conosco, façamos emboscadas para derramar sangue, armemos laços ocultos ao inocente, que nos não fez mal algum; [12] devoremo-lo vivo como o sepulcro (devora os cadáveres), e inteiro como aquele que desce à cova; [13] nisto acharemos toda a sorte de bens preciosos, encheremos as nossas casas de despojos; [14] une a tua sorte à nossa, seja uma só a bolsa de nós todos: [15] meu filho, não vás com eles, guarda-te de andares pelas suas veredas; [16] porque os seus pés correm para o mal, e apressam-se a derramar sangue. [17] Mas debalde se lança a rede diante dos olhos dos que têm asas. [18] Eles mesmos (com isto) armam traições contra o seu próprio sangue, e tramam enganos contra as suas almas. [19] Tais são os caminhos de todos os avarentos; (estes caminhos) perdem as almas daqueles que os seguem.

Fonte: excerto extraído do Livro dos Provérbios (1: 10-19) – Bíblia sagrada (Paulinas, 1965), em tradução de Matos Soares –, cuja redação é atribuída a Salomão, filho de Davi e Betsabéia (ou Betsabá) e rei de Israel (966-926 aC) (ver, e.g., o poema Prole augusta de Davi, de José Elói Ottoni).

18 novembro 2024

As mães

Eugénio de Andrade

Quando voltar ao Alentejo as cigarras já terão morrido. Passaram o verão todo a transformar a luz em canto – não sei de destino mais glorioso. Quem lá encontraremos, pela certa, são aquelas mulheres envolvidas na sombra dos seus lutos, como se a terra lhes tivesse morrido e para todo o sempre se quedassem órfãs. Não as veremos apenas em Barrancos ou em Castro Laboreiro, elas estão em toda a parte onde nasça o sol: em Cória ou Catânia, em Mistras ou Santa Clara del Cobre, em Varchats ou Beni Mellal, porque elas são as Mães. O olhar esperto ou sonolento, o corpo feito um espeto ou mal podendo com as carnes, elas são as Mães. A tua; a minha, se não tivera morrido tão cedo, sem tempo para que o rosto viesse a ser lavrado pelo vento. Provavelmente estão aí desde a primeira estrela. E o que elas duram! Feitas de urze ressequida, parecem imortais. Se o não forem, são pelo menos incorruptíveis, como se participassem da natureza do fogo. Com mãos friáveis teceram a rede dos nossos sonhos, alimentaram-nos com a luz coada pela obscuridade dos seus lenços. Às vezes encostam-se à cal dos muros a ver passar os dias, roendo uma côdea ou fazendo uns carapins para o último dos netos, as entranhas abertas nas palavras que vão trocando entre si; outras vezes caminham por quelhas e quelhas de pedra solta, batem a um postigo, pedem lume, umas pedrinhas de sal, agradecem pelas almas de quem lá têm, voltam ao calor animal da casa, aquecem um migalho de café, regam as sardinheiras, depois de varrerem o terreiro. Elas são as Mães, essas mulheres que Goethe pensa estarem fora do tempo e do espaço, anteriores ao Céu e ao Inferno, assim velhas, assim terrosas, os olhos perdidos e vazios, ou vivos como brasas assopradas. Solitárias ou inumeráveis, aí as tens na tua frente, graves, caladas, quase solenes na sua imobilidade, esquecidas de que foram o primeiro orvalho do homem, a primeira luz. Mas também as podes ver seguindo por lentas veredas de sombra, as pernas pouco ajudando a vontade, atrás de uma ou duas cabras, com restos de garbo na cabeça levantada, apesar das tetas mirradas. Como encontrarão descanso nos caminhos do mundo? Não há ninguém que as não tenha visto com umas contas nas mãos engelhadas rezando pelos seus defuntos, rogando pragas a uma vizinha que plantou à roda do curral mais três pés de couve do que ela, regressando da fonte amaldiçoando os anos que já não podem com o cântaro, ou debaixo de uma oliveira roubando alguma azeitona para retalhar. E cheiram a migas de alho, a ranço, a aguardente, mas também a poejos colhidos nas represas, a manjerico quando é pelo S. João. E aos domingos lavam a cara, e mudam de roupa, e vão buscar à arca um lenço de seda preta, que também põem nos enterros. E vede como, ao abrir, a arca cheira a alfazema! Algumas ainda cuidam das sécias que levam aos cemitérios ou vendem pelas termas, juntamente com um punhado de maçãs amadurecidas no aroma dos fenos. E conheço uma que passa as horas vigiando as traquinices de um garoto que tem na testa uma estrelinha de cabrito montês – e que só ela vê, só ela vê.

Elas são as Mães, ignorantes da morte mas certas da sua ressurreição.

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1987.

16 novembro 2024

Mulher com uma pérola


Charles [François] Sellier (1830-1882). Femme à la perle. 1875.

Fonte da foto: Wikipedia.

14 novembro 2024

The world

Henry Vaughan

1

I saw Eternity the other night,
Like a great ring of pure and endless light,
    All calm, as it was bright;
And round beneath it, Time in hours, days, years,
    Driven by the spheres
Like a vast shadow moved, in which the world
    And all her train were hurled.
The doting lover in his quaintest strain
    Did there complain;
Near him, his lute, his fancy, and his flights,
    Wit’s sour delights,
With gloves, and knots, the silly snares of pleasure,
    Yet his dear treasure,
All scattered lay, while he his eyes did pour
    Upon a flower.

2

The darksome statesman, hung with weights and woe,
Like a thick midnight-fog, moved there so slow,
    He did not stay, nor go;
Condemning thoughts, like sad eclipses, scowl
    Upon his soul,
And clouds of crying witnesses without
    Pursued him with one shout.
Yet digged the mole, and, lest his ways be found,
    Worked under ground,
Where he did clutch his prey. But one did see
    That policy:
Churches and altars fed him; perjuries
    Were gnats and flies;
It rained about him blood and tears; but he
    Drank them as free.

3

The fearful miser on a heap of rust
Sat pining all his life there, did scarce trust
    His own hands with the dust,
Yet would not place one piece above, but lives
    In fear of thieves.
Thousands there were as frantic as himself,
    And hugged each one his pelf;
The downright epicure placed Heaven in sense,
    And scorned pretence;
While others, slipped into a wide excess,
    Said little less;
The weaker sort slight, trivial wares enslave,
    Who think them brave;
And poor, despised Truth sate counting by
    Their victory.

4

Yet some, who all this while did weep and sing,
And sing, and weep, soared up into the ring;
    But most would use no wing.
“O fools,” said I, “thus to prefer dark night
    Before true light!
To live in grots and caves, and hate the day
    Because it shows the way;
The way, which from this dead and dark abode
    Leads up to God;
A way where you might tread the sun, and be
    More bright than he!”
But, as I did their madness so discuss,
    One whispered thus,
This Ring the Bridegroom did for none provide,
    But for His Bride.

Fonte (v. 1-7, em port.): Davies, P. 1999. O enigma do tempo. RJ, Ediouro. Poema publicado em 1650.

13 novembro 2024

Climates on a rotating Earth

Robert H. MacArthur

The distribution of the world’s climates is too regular to be due to accidents of history. The world’s deserts are mostly at 30° N or S latitude and usually on the west side of continents. Just farther toward the poles on these west sides of continents we come up ‘Mediterranean climates’ and farther poleward yet, the heavy rainfall, especially in the winter, that causes the temperate rain forests of Washington and southern Chile. The equatorial regions are usually wet by frequent thunderstorms of short duration. These, and innumerable other patterns, suggest that we can understand the climate as a consequence of the earth’s geography, particularly its rotation.

Fonte: MacArthur, R. H. 1972. Geographical ecology. Princeton, PUP.

12 novembro 2024

18 anos e um mês no ar

F. Ponce de León

Nesta terça-feira, 12/11, o Poesia Contra a Guerra está a completar 18 anos e um mês no ar.

Desde o balanço anterior – ‘Aniversário de 18 anos’ – foram publicados aqui pela primeira vez textos dos seguintes autores: Áurea Maria Guimarães, Bernard Campbell, C. Leland Rodgers, Christopher R. Burn, Dorothy Fields, Francisco de Assis Esteves, Fred Hoyle, George C. Homans, Leila Soares Marques, Marcia Ernesto, Myles Burnyeat, Rex E. Kerstetter, Richard Dixon Oldham, Rosa Lía Barbieri e Silvio Zavatti. Além de material de autores que já haviam sido publicados antes.

Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes artistas: Aimé Morot, Augustus Leopold Egg e Marguerite Delorme.

11 novembro 2024

El polo ártico

Silvio Zavatti

Es sabido que, aumentando la latitud norte o sur, aumentan también los períodos de la noche polar y del largo día, que en los polos, en épocas alternas, abarcan seis meses cada uno. […]

A lo largo del círculo polar Ártico, el Sol no se pone durante algunos días de verano y no sale durante algunos días de invierno. Pasado el círculo polar, a medida que nos acercamos al polo, la duración de la noche aumenta, hasta casi el solsticio de invierno (21 de diciembre en el hemisferio boreal, 21 de junio en el hemisferio austral). En el polo Norte, el Sol permanece constantemente bajo el horizonte desde el 22 de septiembre hasta el 20 de marzo; en cambio, desde el 20 de marzo hasta el 22 de septiembre no se pone nunca. Hasta el 21 de junio, su altura con relación al horizonte aumenta progresivamente hasta alcanzar, en el polo, 23°27’. A partir de aquí empieza a disminuir. En la latitud de 68° la duración de la noche es aproximadamente de cuarenta y un días; a 75°, de sesenta y cuatro días; a 80°, de ciento treinta y cuatro días. En Svalbard el día más largo dura cuatro meses y, en invierno, hacia el mediodía, un débil resplandor ilumina el cielo en el sur.

Fonte: Zavatti, S. 1968 [1963]. El polo ártico. Barcelona, Labor.

10 novembro 2024

Teeteto

Bryan Magee & Myles Burnyeat

Magee. – Usted es especialista en uno de sus últimos diálogos, Teeteto. ¿Por qué le interesa este diálogo en particular?

Burnyeat. – Porque lo encuentro muy emocionante y nunca he llegado hasta el final (siempre que vuelvo a él parece que faltan cosas por descubrir). Leibniz tradujo este diálogo, Berkeley escribió mucho acerca de él, Wittgenstein lo citó; en resumen, es un diálogo que los filósofos siempre han encontrado estimulante.

Magee. – ¿De qué trata?

Burnyeat. – La pregunta que plantea es: “¿Qué es el conocimiento?” Y el diálogo es el tipo de discusión socrática que se da en la primera época, pero a una escala mucho mayor. Se dan tres respuestas: el conocimiento es percepción, el conocimiento es el juicio verdadero, el conocimiento es el juicio verdadero junto con su explicación. Cada una de estas respuestas se rebate en un estilo auténticamente socrático. Al final no se nos dice que es lo que Platón entiende por conocimiento, pero aprendemos tantas cosas acerca del problema y de sus ramificaciones, que terminamos la lectura sintiéndonos más afortunados en vez de más desgraciados.

Fonte: Magee, B. 1990 [1987]. Los grandes filósofos. Madri, Catedra.

08 novembro 2024

Vigilância e punição na escola

Áurea Maria Guimarães

Na obra Vigiar e Punir, Michel Foucault trata especificamente das Instituições Penais a partir dos séc. XVII e XVIII, quando as monarquias da época clássica criaram técnicas mais eficazes de poder do que as até então utilizadas, através dos castigos corporais e das cerimônias públicas dos suplícios. O autor se interessa pelo surgimento da utilização de uma tecnologia própria de controle que incidia sobre os corpos dos indivíduos. Ele se refere ao esquadrinhamento disciplinar da sociedade, isto é, a um trabalho de controle minucioso, detalhado, sobre o corpo e a vida dos indivíduos, manipulando seus gestos, seus comportamentos, seus espaços, seu tempo, suas atividades. Essa ‘repartição disciplinar’, essa ‘colocação em quadro’ representa um tipo específico de poder que se encontrava não apenas na prisão, mas em outros lugares como o hospital, o exército, a fábrica, a escola etc.

O séc. XIX inaugura um tipo específico de poder denominado por Foucault de ‘poder disciplinar’, característico de uma forma específica de dominação. Ou seja, com o desaparecimento dos suplícios entre 1830 e 1848, esse poder atua não mais diretamente sobre o sofrimento físico, mas sobre o adestramento do corpo, exercendo pressão sobre o intelecto, a vontade, as disposições, as paixões dos indivíduos. Em lugar dos carrascos surge uma tecnologia nova de controle ativada por guardas, médicos, capelães, psiquiatras, psicólogos, educadores.

Fonte: Guimarães, A. M. 1985. Vigilância, punição e depredação escolar. Campinas, Papirus.

06 novembro 2024

O retorno da caça ao leão


Aimé [Nicolas] Morot (1850-1913). Retour de la chasse au lion. 1902.

Fonte da foto: Wikipedia.

05 novembro 2024

Reciclagem de lixo

F. Ponce de León

Romances, poesias, músicas e os (raros) filmes de excelência já foram todos feitos. O que há hoje em dia é apenas reciclagem de lixo.

03 novembro 2024

As angiospermas

Rosa Lía Barbieri

As angiospermas provavelmente apareceram há 200-250 milhões de anos, com o desenvolvimento de frutos para proteção das sementes. Além de providenciar uma excelente proteção mecânica, os frutos também atuam atraindo animais para sua dispersão. As angiospermas primitivas tinham folhas simples e eram arbustos lenhosos ou pequenas árvores. Suas flores eram solitárias, terminais e hermafroditas, e tinham numerosas sépalas e pétalas. Suas sementes eram grandes, com um endosperma rico em óleo. As primeiras angiospermas eram dicotiledôneas, as monocotiledôneas só apareceram mais tarde na história evolutiva.

Fonte: Barbieri, R. L. 2003. In: Freitas, L. B. & Bered, F., orgs. Genética & evolução vegetal. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

01 novembro 2024

If my friends could see me now

Dorothy Fields

If they could see me now, that little gang of mine
I’m lookin’ at your smile and it’s a healthy sign
I’d like those stumble bums to see for a fact
The kind of top-drawer, first-rate chum I attract

All I can say is wow, just look at where I am
Tonight I’ve landed, pow, right in a pot of jam
What a setup, holy cow, they’d never believe it
If my friends could see me now

If they could see me now, that little dusty group
Traipsin’ ’round this million-dollar chicken coop
You’re rubbin’ elbows with the cream of the crop
Whoever said there ain’t no room at the top?

To think this famous man, which I must say is he
Should pick an unknown gal, which there’s no doubt is me
What a setup, wow, holy cow, they’ll never believe it
If my friends could see me, if they all could see me

Fonte (v. 1-2 da terceira estrofe, em port.): Conniff, R. 2004. História natural dos ricos. RJ, Zahar. Letra de canção exibida originalmente em 1966.

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