06 agosto 2019

Roubar ao tempo as asas de voar


Roubar ao tempo as asas de voar
tão baixo e rente que voar não chegue
ao vão voar das asas quase cegas
onde voar é sempre um quebrar de asas?

Ou afundar-se mais e mais que a água
das nuvens altas, entre nada e nada?

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1980.

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