26 julho 2022

As taxas caíram: Máscaras e vacinas seguem na luta contra a inércia, a mentira e a morte

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia da Covid-19 divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 18 e 24/7, as taxas ficaram em 0,1240% (casos) e 0,0342% (mortes). Ambas caíram em relação aos valores da semana anterior. (A taxa de casos caiu bastante.) São boas notícias. Ainda não sei dizer o quanto dessas quedas se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara). Uma coisa, no entanto, é certa: Máscaras e vacinas seguem na luta contra a inércia, a mentira e a morte.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas na hora do almoço de hoje (25/7) [1], eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 73% dos casos (de um total de 570.332.626) e 70% das mortes (de um total de 6.384.729) [3].

(B) – Nesses 20 países, 389 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 93% dos casos. Em escala global, 545 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista está a ser liderada pelos Estados Unidos, com 3,35 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: França (2,91 milhões), Alemanha (2,56), Itália (2,43) e Japão (2,13); e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (10,86 mil); em seguida aparecem Brasil (6,74 mil), Reino Unido (2,82), Itália (2,77) e Alemanha (2,44).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 18-24/7/22.

Ontem (17/7), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 9.823 casos e 37 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 33.591.356 casos e 676.964 mortes.

Na semana encerrada no domingo (18-24/7), foram registrados 290.238 novos casos e 1.617 mortes. (Na semana anterior, 11-17/7, foram 404.654 novos casos e 1.737 mortes.)

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,1748% (11-17/7) para 0,1240% (18-24/7) (ver a figura que acompanha este artigo) [4].

É uma notícia muito boa, pois é uma queda das mais expressivas. (Resta ver se não é apenas e tão somente um erro de amostragem. Saberemos disso ao longo desta semana.)

A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, caiu de 0,0368% (11-17/7) para 0,0342% (18-24/7). Outra boa notícia. (Resta ver se fruto das sucessivas quedas na taxa de casos.)

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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 24/7/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

Pela terceira semana consecutiva, a taxa de casos tornou a cair. E agora caiu bastante. É uma notícia muito boa.

Por sua vez, a taxa de mortes – em decorrência, ao que parece, de sucessivas quedas na taxa de casos – caiu pela primeira vez após quatro altas consecutivas.

Ainda não sei dizer o quanto dessas quedas (casos e mortes) se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara). Uma coisa, no entanto, é certa: Máscaras e vacinas seguem na luta contra a inércia, a mentira e a morte. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização em curso envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Itália; (e) Entre 15 e 20 milhões – Coreia do Sul, Rússia e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Japão e Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Argentina, Austrália e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Colômbia e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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