13 julho 2023

Covid-19 – O vírus segue a circular e a doença, a matar

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Em escala planetária, já foram registrados 691,4 milhões de casos e 6,899 milhões de mortes [1]; em escala nacional, 37,694 milhões de casos e 704,3 mil mortes. O vírus continua a circular livremente e a doença, infelizmente, continua a matar. Tosse e rouquidão? H1N1 ou SARS-CoV-2? Na dúvida, não saia de casa sem máscara.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no fim da manhã de hoje (12/7), eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 691.422.233) e 75% das mortes (de um total de 6.898.964) [2].

(B) – Nesses 20 países, 493 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, 664 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 11 grupos (seis países cujas estatísticas estão congeladas há duas semanas ou mais, estão indicados por um *): (a) Entre 100 e 110 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia e França; (c) Entre 35 e 40 milhões – Alemanha* e Brasil; (d) Entre 30 e 35 milhões – Japão* e Coreia do Sul; (e) Entre 25 e 30 milhões – Itália; (f) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Rússia; (g) Entre 15 e 20 milhões – Turquia*; (h) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (i) Entre 10 e 12 milhões – Austrália, Vietnã, Taiwan* e Argentina; (j) Entre 8 e 10 milhões – Países Baixos*; e (k) Entre 6 e 8 milhões – México*, Irã e Indonésia.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 2-8/7.

De acordo com as estatísticas divulgadas ontem (11/7) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país na semana passada (2-8/7) mais 10.846 casos e 161 mortes.

Em relação aos números da semana anterior, ambas as estatísticas caíram (25/6-1/7: 11.240 casos e 195 mortes).

Teríamos chegado assim a um total de 37.693.506 casos e 704.320 mortes.

3. CODA.

Em escala planetária, a pandemia continua cochilando. Talvez por isso, vários países dão mostras de que irão interromper a divulgação das estatísticas. (Meio que na contramão disso, a situação na Austrália tornou a chamar a atenção. Entre o balanço de 27/6 e hoje, por exemplo, foram registrados por lá 24.461 casos e 335 mortes.)

Entre nós, a pandemia também arrefeceu. Mas não acabou. O vírus continua a circular e a doença, infelizmente, continua a matar. E a matar acima de um nível que as autoridades sanitárias poderiam considerar esperado ou aceitável – comparando-se, por exemplo, com as estatísticas da gripe.

Aliás, ouso dizer que boa parte dos brasileiros que estão a reclamar de dor de garganta, tosse e rouquidão não está exatamente gripados... H1N1 ou SARS-CoV-2? Na dúvida, não saia de casa sem máscara. (A imprensa brasileira, a mesma que assoprou trombetas semanas atrás para alardear um surto local de febre maculosa [ver aqui], parece ter abandonado de vez a pauta da pandemia.)

Não custa repetir: Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas que nós temos para (i) impedir a ocorrência de surtos locais; e (ii) impedir o surgimento de novidades evolutivas que venham a promover uma nova e repentina escalada dos números. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] As estatísticas mundiais estão a ser extraídas agora do painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA), e não mais do painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA). Os dois painéis concordavam em quase tudo, com apenas uma ou outra exceção.

[2] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

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