Uma aranha paciente e silenciosa
Walt Whitman
Uma aranha paciente e silenciosa,
Registrei o lugar de um pequeno promontório em que ela estava isolada,
Registrei o modo como, para explorar as vastas redondezas vazias,
Ela lançou adiante filamentos, filamentos, filamentos que saíram de dentro dela,
Sempre os desenrolando, sempre os acelerando incansavelmente.
E tu, ó minha alma, no lugar em que estás,
Cercada, destacada, em imensuráveis oceanos de espaço,
Meditando incessantemente, aventurando-se, lançando-se, procurando as esferas para conectá-las,
Até a ponte que terá de ser formada para ti, até o cabo flexível da âncora,
Até que a fibra fina que atiras prenda-se em alguma parte, ó minha alma.
Fonte: Whitman, W. 2006. Folhas de relva. SP, Martin Claret. Poema originalmente publicado em 1870.
1 Comentários:
Oi Leon,
Por favor gostaria de saber que tradução você usou para transcrever o poema "Uma aranha paciente e silenciosa" de Walt Whitman. É porque eu tenho uma versão muito diferente de tradução e gostaria de comparar. Meu e-mail é mayra.saito@gmail.com
Obrigada
Mayra
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