11 março 2011

Arte e ciência

Len Fisher

Um dos principais problemas que os cientistas encontram para compartilhar com o público mais amplo a visão que formam sobre o mundo é o abismo entre os diversos tipos de conhecimento. Não é preciso ser escritor para ler e compreender um romance, ou saber pintar para apreciar um quadro, pois tanto a pintura quanto o romance refletem a nossa experiência comum. Entretanto, algum conhecimento sobre o que seja a ciência é pré-requisito para sua compreensão, para sua apreciação, uma vez que a ciência baseia-se em parte em conceitos cujas particularidades a maioria das pessoas desconhece.

Essas particularidades começam com o comportamento de átomos e moléculas. A noção de que tais coisas existem é bastante familiar hoje, embora isso não tenha impedido que um de meus convidados, durante um jantar, exclamasse efusivamente:

“Oh, você é cientista! Não sei muito sobre ciência, mas sei que os átomos são feitos de moléculas!”.
[...]

Fonte: Fisher, L. 2004. A ciência no cotidiano. RJ, Jorge Zahar.


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