Visualização tridimensional de vírus
Jean-Yves Sgro
Microscopia eletrônica, cristalografia de raio-X e difração de fibra de raio-X foram as primeiras técnicas que contribuíram de modo decisivo para o estudo da estrutura da partícula viral [...]. Já em 1970 um novo entendimento de micrografias eletrônicas (que são essencialmente imagens projetadas) levaram ao desenvolvimento de novas técnicas de preparação de espécimes sem o uso de corantes e de uma importante e nova tecnologia chamada microscopia crio-eletrônica (ME-crio) tridimensional (3D). O termo crio advém da utilização de temperaturas criogênicas, geralmente por meio do uso de nitrogênio líquido (a cerca de – 196 ºC) na preparação e no estudo das amostras virais (e amostras biológicas em geral) por microscopia eletrônica.
Estas novas tecnologias revolucionaram a análise estrutural de vírus ao fim do século passado, especialmente para aqueles vírus que não podem ser cristalizados (e que, portanto, não podiam ser estudados em detalhe com as tecnologias disponíveis anteriormente). [...]
Fonte: Medeiros, R. B. et al. 2015. Virologia vegetal. Brasília, Editora UnB.
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