Poliglota
Theresa Catharina de Góes Campos
Como não se pode abraçar,
estenda o braço, toque o cotovelo;
ou cumprimente sem ficar perto,
dirija um olhar gentil, acolhedor.
Também funciona, nos encontros,
substituir os beijos de outrora,
fazendo com as mãos – sempre
sem esquecer o sorriso cordial –
um coração aberto, de amigo.
Saiba que o amor, o carinho,
os afetos falam vários idiomas,
têm estilos diversificados,
usam um rico vocabulário.
Com gestual de coreografias
criativas, plenas de sentimento,
o amor, poliglota, se expressa.
Fonte: poema datado de 20/5/2020 e enviado pela autora, a quem agradeço pela cortesia.
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