O galo de Pirapora
Altino Caixeta de Castro
Com sete estrelas d’alva na garganta
Aquele galo preto ao ver a aurora
Tatala as asas, rufla-as, bate a espora,
Tenor da noite e das estrelas, canta.
A rubra crista relampeja agora
Na noite de si mesmo que o suplanta,
Aquele galo preto quando canta
Bate o bico no céu de Pirapora.
Na noite de si mesmo que o suplanta,
Aquele galo preto quando canta
Bate o bico no céu de Pirapora.
Seu canto cai nas águas rio abaixo,
É um galo conhecido, é um galo macho,
Madrugador e marcador das horas.
Madrugador e marcador das horas.
Ele é o relógio ali das madrugadas,
Rufa o tambor das asas assustadas,
Bate o bico de bronze nas auroras.
Bate o bico de bronze nas auroras.
Fonte: Horta, A. B. 2003. Sob o signo da poesia. Brasília, Thesaurus. Poema publicado em livro em 1980.
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