01 setembro 2020

As taxas de crescimento seguem a declinar



As estatísticas deste domingo (30) acabam de ser divulgadas. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados em todo o país mais 16.158 casos e 366 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 3.862.311 casos e 120.828 mortes.

Como eu já alertei em artigos anteriores, as taxas de crescimento diário, tanto no número de casos como no de óbitos, seguem a declinar. As médias semanais estão agora em 0,99% e 0,74% (24-30/8), respectivamente. São os valores mais baixos desde que a pandemia chegou ao país.

As estatísticas das últimas quatro semanas (3-9/8: 301.745 casos e 6.945 mortes; 10-16/8: 304.775 casos e 6.803 mortes; 17-23/8: 265.586 casos e 6.892 mortes; e 24-30/8: 256.528 casos e 6.084 mortes) seguem concordando com as projeções que apresentei em artigos anteriores (aqui, aqui e aqui). O que me autoriza a continuar sustentando que um dos cenários ali descritos (RÁPIDO) está a refletir apropriadamente o comportamento das estatísticas.

Não custa lembrar: De acordo com o cenário RÁPIDO, as médias semanais nas taxas de crescimento (casos e mortes) iriam cair (em média) 0,2% por semana – ver a figura que acompanha este artigo.

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FIGURA. A figura que acompanha este artigo mostra os valores esperados para as médias diárias no número de novos casos (eixo vertical) em cinco cenários diferentes (a taxa cai 0,05%, 0,075%, 0,1%, 0,15% ou 0,2% por semana), até 27/9. Mostra ainda os valores observados nas últimas três semanas (Real; linha alaranjada). Note que, no pior cenário, LENTO (linha vermelho escuro), a média seguiria aumentando até o fim de setembro – a rigor, até a primeira semana de dezembro (não mostrado), quando só então atingiria o seu máximo (111.521) e começaria a declinar. Ao que parece, no entanto, a situação atual está a acompanhar de perto a trajetória descrita pelo cenário RÁPIDO.

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Coda.

–0,2% por semana!

Pois é. Pode parecer um valor insignificante, mas é uma queda continuada nas taxas de crescimento (casos e óbitos) que está a nos tirar do pesadelo em que a inércia e a ignorância nos colocaram.

Nota.

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