Aprendendo a ser pai
Moacir Gadotti
O que mais revela a paternidade é a ausência dos filhos ou a sua perda. É o fato que faz um pai descobrir, com maior intensidade, o que é ser pai.
É certo que a relação pais e filhos é nutrida pela presença, pela reciprocidade, pelo olhar, pelos pequenos gestos, pelo cotidiano. Sendo a paternidade uma relação amorosa, ela tenderá a fenecer na medida em que ela não é nutrida de pequenos gestos que manifestem o amor.
Estar presente junto ao filho não significa comprar presentes, juntar-se fisicamente a ele, levá-lo para passear. Significa, muito mais, compreender o filho, respeitá-lo, e ser, para com ele, aberto, sincero e firme.
A relação de pais e filhos é uma relação dialética, isto é, uma relação de unidade e de oposição ao mesmo tempo. É uma relação contraditória, uma relação educadora. Se esta relação se reduzir à relação de oposição, esta ferirá a liberdade do filho e acentuará a autoridade (ou autoritarismo) do pai. Por outro lado, se ficar na pura unidade, esgota-se a autoridade do pai e o filho se sente abandonado, sem pai. No primeiro caso temos uma paternidade baseada na autoridade e no segundo caso temos uma paternidade ausente.
Fonte: Gadotti, M. 1985. Dialética do amor paterno. SP, Cortez & Autores Associados.
É certo que a relação pais e filhos é nutrida pela presença, pela reciprocidade, pelo olhar, pelos pequenos gestos, pelo cotidiano. Sendo a paternidade uma relação amorosa, ela tenderá a fenecer na medida em que ela não é nutrida de pequenos gestos que manifestem o amor.
Estar presente junto ao filho não significa comprar presentes, juntar-se fisicamente a ele, levá-lo para passear. Significa, muito mais, compreender o filho, respeitá-lo, e ser, para com ele, aberto, sincero e firme.
A relação de pais e filhos é uma relação dialética, isto é, uma relação de unidade e de oposição ao mesmo tempo. É uma relação contraditória, uma relação educadora. Se esta relação se reduzir à relação de oposição, esta ferirá a liberdade do filho e acentuará a autoridade (ou autoritarismo) do pai. Por outro lado, se ficar na pura unidade, esgota-se a autoridade do pai e o filho se sente abandonado, sem pai. No primeiro caso temos uma paternidade baseada na autoridade e no segundo caso temos uma paternidade ausente.
Fonte: Gadotti, M. 1985. Dialética do amor paterno. SP, Cortez & Autores Associados.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home