Sono é um pouco da morte represada
Daniel Mazza
Sono é um pouco da morte represada
Nas comportas da noite intermitente.
E o operário-dia terminada
A faina logo as fecha prontamente.
É que a morte não pode livremente
Como um rio correr, ilimitada.
Pois chegando à sua foz rapidamente
O mar da vida seca na enxurrada.
A água em silêncio, represada,
De um rio prisioneiro é dependente
De qualquer mão que a deixe libertada.
Mas a morte transborda interiormente,
O tempo chove as horas e a extravasa
Um pouco a cada noite... Sempre e sempre...
Fonte: Horta, A. B. 2016. Do que é feito o poeta. Brasília, Thesaurus. Poema publicado em livro em 2007.
Nas comportas da noite intermitente.
E o operário-dia terminada
A faina logo as fecha prontamente.
É que a morte não pode livremente
Como um rio correr, ilimitada.
Pois chegando à sua foz rapidamente
O mar da vida seca na enxurrada.
A água em silêncio, represada,
De um rio prisioneiro é dependente
De qualquer mão que a deixe libertada.
Mas a morte transborda interiormente,
O tempo chove as horas e a extravasa
Um pouco a cada noite... Sempre e sempre...
Fonte: Horta, A. B. 2016. Do que é feito o poeta. Brasília, Thesaurus. Poema publicado em livro em 2007.
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