Fuga
Robert W. Lundin
Qualquer pessoa que tenha vivido bastante, sabe bem que a vida não é um ‘mar de rosas’. Embora existam muitos reforçadores positivos que mantêm nossas atividades, outra classe de estímulos, chamados aversivos, exerce poderoso controle sobre nosso comportamento. A vida é cheia de contrariedades, de aborrecimentos e de ameaças. Suportamos pessoas desagradáveis ou tentamos afastar-nos delas. Algumas vezes, os perigos são inevitáveis; noutras, uma conduta adequada nos livra de dificuldades. Geralmente, comportamo-nos com prudência, não devido aos reforçadores positivos derivados de nossas próprias ações, mas para evitar a punição que pode vir se não o fizermos.
A classe de estímulos que opera para controlar o comportamento do modo descrito acima é chamada aversiva. Já que há vários modos pelos quais esses estímulos atuam, o arranjo particular das relações entre estímulos e respostas define a espécie de operação aversiva: fuga, esquiva, punição ou ansiedade. Embora em qualquer cadeia de atividade essas operações possam ser inter-relacionadas, é possível distingui-las para propósito de análise comportamental.
Fonte: Lundin, R. W. 1972. Personalidade: Uma análise do comportamento. SP, EPU & Edusp.
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