A decisão
Natalie Rogers
Embora eu esteja cheia de idéias, não há planos. As decisões parecem acontecer antes que eu as assuma totalmente. Como uma decisão pode ser tomada sem que eu a elabore conscientemente? Quando revejo o que me levou a sair da Costa Leste para a Costa Oeste, verifico que foi uma combinação do meu lado masculino, lógico e linear, com o meu lado feminino, intuitivo e receptivo.
Eu havia passado o verão na Califórnia, trabalhando e me divertindo, desfrutando tanto dos odores, paisagens e sons quanto da informalidade e abertura das pessoas. Essas impressões provocaram em mim uma profunda emoção. Eu utilizada tanto o consciente quanto o inconsciente para adquirir informações.
Quando voltei para minha casa perto de Boston, me dei conta de que a decisão havia sido tomada. Uma macieira que crescia ao lado da casa ajudou-me a ver o curso que a minha vida tinha tomado. Eu a plantara uns anos antes. Suas raízes tinham se tornado profundas. Eu acompanhara seu crescimento de mudinha nova para árvore adulta, e suas folhas largas agora sombreavam o telhado. Eu possuía muitas raízes e ricas lembranças nesse lugar; ainda assim, eu precisava sair da sombra fria da minha vida anterior para a luz de uma vida nova.
[...]
Fonte: Rogers, N. 1987. A mulher emergente. SP, Martins Fontes.
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