Diálogo
Dom Dinis
– Ai, flôres, ai, flôres do verde pinho,
se sabedes novas do meu amigo?
ai, Deus, e u é?
Ai, flôres, ai, flôres do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi á jurado!
ai, Deus, e u é?
– Vós me preguntades polo voss’ amigo?
e eu ben vos digo que é sã’ e vivo:
ai, Deus, e u é?
Vós me preguntades polo voss’ amado?
e eu ben vos digo que é viv’ e são:
ai, Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é sã’ e vivo
e seerá vosc’ ant’ o prazo saído.
ai, Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é viv’ e são
e seerá vosc’ ant’ o prazo passado:
ai, Deus, e u é?
Fonte: Figueiredo, C. 2004. 100 poemas essenciais da língua portuguesa. BH, Editora Leitura. Poema datado do fim do século 13 e início do século 14.
1 Comentários:
Tudo sempre muito bom e do melhor por aqui.
Sou cativo aqui.
Abração & tataritaritatá!!!!
www.luizslbertomachado.com.br
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