Biologia populacional de plantas
John L. Harper
[Prefácio]
O primeiro artigo
significativo em biologia de populações foi escrito por um botânico (Nägeli,
1874) e ignorado – o assunto se desenvolveu quase que inteiramente nas mãos de
zoólogos. Preocupa-se com os números de organismos e com as consequências
desses números. Lida com taxas de natalidade e mortalidade, imigração e
emigração, com as consequências de taxas de crescimento exponencial, os
processos de colonização e os estresses resultantes do adensamento. [...] A
biologia de populações se desenvolveu como uma disciplina largamente zoológica,
não porque todos os animais sejam fáceis de contar, mas sim porque as espécies
deliberadamente escolhidas para estudo podem ser contadas com facilidade (e.g., drosófilas, lebres,
ratinhos-do-campo, chapins). Sob muitos aspectos, as plantas são melhores como
material para estudo de populações – plantas permanecem paradas enquanto são
contadas, não havendo necessidade de capturá-las, abatê-las, persegui-las ou
estimá-las.
Este livro tenta unir as
partes do nosso conhecimento atual das plantas que poderiam ser relevantes à
compreensão da biologia populacional delas. Está abundantemente ilustrado com
exemplos da silvicultura e da agricultura, pois estas são as fontes da maioria
dos fatos. Na ausência de um corpo teórico e prático coerente, oriundo da
ciência básica, as ciências vegetais aplicadas desenvolveram a biologia populacional
necessária ao manejo de populações comerciais de plantas cultivadas e árvores.
Fonte: Harper, J. L.
1977. Population biology of plants. Londres, Academic. Trecho extraído de
Costa, F. A. P. L. 2017. O evolucionista voador & outros inventores da biologia moderna. Viçosa, Edição do Autor. [No prelo.]
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home