Meus pêsames, sr. Presidente
Genival ‘Vavá’ Inácio da Silva (1940-2019) faleceu hoje na cidade de São Paulo, onde estava hospitalizado. Era um dos irmãos do ex-presidente Lula. (O ex-presidente foi o penúltimo dos oito filhos adultos dos seus pais.)
Como é de conhecimento público, Lula está preso em Curitiba. O que nem todos devem saber, no entanto, é que a legislação brasileira prevê que, em casos assim, o preso seja autorizado a ir ao sepultamento de parentes próximos.
Mas o ex-presidente, evidentemente, não é um preso comum. É um preso político. Um troféu em torno do qual muitos(as) malandros(as) (dentro e fora do aparelho de Estado) estão a ganhar fama e dinheiro. (Pessoalmente, devo dizer que não estranho o comportamento dessa gente – sem o verniz da civilização e do pensamento abstrato, nós, seres humanos, tendemos a ser assim: maldosos e inescrupulosos com os nossos inimigos, morem eles no apartamento ao lado ou do outro lado da montanha.)
A defesa do ex-presidente já solicitou autorização para que ele possa ir ao funeral. (Enquanto escrevo, neste início de noite de terça-feira, 29, o corpo de Vavá está sendo velado.)
Meu palpite é este: o ex-presidente Lula não irá!
Mas nenhum dos(as) malandros(as) graúdos(as) envolvidos(as) no caso irá assumir a negativa – o que, afinal, contraria a legislação. Vão apenas enrolar, de modo que a autorização não seja expedida a tempo. (No fim das contas, eu não estranharia se a nota cínica dos algozes terminasse com um “Lamentamos muito, sr. Presidente”.)
É triste, mas vivemos agora na Idade da Pedra.
Lamento muito pela sua perda, sr. Presidente, e deixo aqui os meus sinceros pêsames (extensivos aos demais familiares).
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