05 agosto 2022

Máscaras e vacinas estão a se impor na luta contra a mentira e a morte

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 25 e 31/7, as taxas ficaram em 0,1027% (casos) e 0,0327% (mortes). Ambas estão em declínio: aquela caiu pela quarta semana consecutiva; esta, pela segunda. Ouso dizer que ao menos parte dessas quedas se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara).

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas na noite de ontem (31/7) [1], eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 73% dos casos (de um total de 577.244.639) e 70% das mortes (de um total de 6.400.115) [3].

(B) – Nesses 20 países, 394 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 93% dos casos. Em escala global, 552 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista está a ser liderada pelos Estados Unidos, com 3,46 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Japão (3,22 milhões), França (2,59), Alemanha (2,46) e Itália (2,31); e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (11,96 mil); em seguida aparecem Brasil (6,63 mil), Reino Unido (3,56), Itália (3,52) e Alemanha (2,68).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 25-31/7/22.

Ontem (31/7), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 20.096 casos e 27 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 33.833.683 casos e 678.513 mortes [5].

Na semana encerrada no domingo (25-31/7), foram registrados 242.327 novos casos e 1.549 mortes. (Na semana anterior, 18-24/7, foram 290.238 novos casos e 1.617 mortes.)

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,1240% (18-24/7) para 0,1027% (25-31/7) (ver a figura que acompanha este artigo) [6].

A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, caiu de 0,0342% (18-24/7) para 0,0327% (25-31/7).

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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 31/7/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

A taxa de casos tornou a cair, agora pela quarta semana consecutiva. A taxa de mortes, por sua vez, caiu pela segunda semana consecutiva.

Ouso dizer que ao menos parte dessas quedas se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara). Em outras palavras: Máscaras e vacinas estão a se impor na luta contra a mentira e a morte. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Itália; (e) Entre 15 e 20 milhões – Coreia do Sul, Rússia e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha e Japão; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Argentina, Austrália e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Colômbia e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: 9 unidades federativas (CE, DF, MA, MG, MT, PA, RJ, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (31/7). Juntas, elas respondem por 33% dos casos e 34% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a propor que ao menos 9.739 casos e 14 mortes deixaram de ser informados ontem (31/7).

[5] Compare com as estimativas apresentadas em artigo anterior – ver aqui.

[6] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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