Constituinte, para quem?
Ricardo Antunes
Um retrospecto da história política brasileira mostra que nos momentos mais agudos e críticos, os setores dominantes souberam encontrar alternativas conciliadoras, sempre ‘pelo alto’, superando as fissuras e os desentendimentos existentes entre as várias frações que participavam do bloco do poder, excluindo, porém, qualquer possibilidade efetiva de atuação autônoma das massas trabalhadoras. Assim foi com a Independência, com a proclamação da República, com a chamada Revolução de 1930, com a ‘democratização’ de 1946 e, mais recentemente, com a crise de abril de 1964, para citar alguns eventos mais significativos.
Fonte: Antunes, R. 1985. Crise e poder, 2ª ed. SP, Cortez & Autores Associados.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home