Enfim
Alberto de Oliveira
Enfim... Nas verdes pêndulas ramadas
Cantai, pássaros! vinde ouvi-lo! rosas,
Abri-vos! lírios, rescendei! medrosas
Miosótis e acácias perfumadas
Prestai-me ouvido! Saibam-n’o as cheirosas
Balsas e as leiras floridas plantadas;
Aves e flores, flores e alvoradas,
Alvoradas e estrelas luminosas
Saibam-n’o, agora! os céus e a esfera toda
Saibam-n’o, agora! Enfim, sua mão de leve...
Borboletas, que pressa! andais-me em roda!
Auras, silêncio! Enfim, sua mãozinha,
Sua mão de jaspe, sua mão de neve,
Sua alva mão pude apertar na minha!
Fonte (tercetos): Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya. Poema publicado em livro em 1885. (Reproduzo aqui a versão que aparece em livro de 1900. Na edição de 1885, a redação do v. 4 era outra: “Violetas e dálias redobradas”.)
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