Heráclito
Vergílio Alberto Vieira
A um grego foi possível
Outrora sonhar divinamente as águas
De outro rio
Esse rio é homem e Heráclito
Ainda em sonho ignora
Quão indiferente sobre si mesmo corre
o rio Agora é noite
E o grego as naturezas escuta
Em toda a parte enquanto
Pensa o fogo harmonioso do passado
O que na cinza se escreveu
Perdido foi em Éfeso
Artemis é essa inquietação segura
Fonte: Silva, A. C. &
Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em
livro em 1990.
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