A importância da teoria evolutiva para a antropologia
Adolf Remane.
Todos esses fatos e fenômenos da microevolução também são válidos para o homem; pode-se até dizer que nisso trabalham de forma mais ampla e complicada, pois o homem ampliou seu campo vital, diversificou enormemente seu modo de vida e se misturou como nenhum outro ser vivo no tempo geologicamente curto desde o início da era gracial (3 milhões de anos). Esses processos atingiram seu ápice apenas nos últimos 10.000 anos, ou seja, nos últimos 1/300 de sua existência, pelo menos aquela demonstrada pelos fósseis. Na primeira 299/300 parte, o homem ainda vivia na natureza, era um primata bípede que vivia socialmente em grupos nômades e sésseis, que se alimentavam como a maioria dos primatas, ou seja, a horda coletava raízes, frutas, ovos, insetos e outros pequenos animais, em contribuição pessoal e familiar. Mais tarde ele se tornou um predador, que com os homens do grupo de caça e luta caçava e matava animais (e homens). O aprimoramento das armas permitiu que ele enfrentasse animais cada vez maiores e, na época do Homo erectus, há cerca de 500 mil anos, ele já era capaz de caçar elefantes. Também nessa época ele já usava o fogo, mas parece que esse conhecimento se perdeu várias vezes. Aparentemente, o botim dos caçadores pertencia a todo o grupo. Ainda hoje, um bosquímano pode manter para si e sua família as presas pequenas, mesmo os roedores, mas os animais maiores, como antílopes, ele cede ao grupo todo, mesmo que os tenha caçado sozinho.
Fonte (tradução livre): Remane, A. 1975 [1973]. In: H.-G Gadamer H.-G. & P. Vogler, eds. Nueva antropología, vol. 1. Barcelona, Omega.
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