Trem de ferro
Manuel Bandeira
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Fonte: encarte que acompanha o LP do álbum Estrela da vida inteira (1986), de Olivia Hime. Poema originalmente publicado em 1936.
8 Comentários:
eu achei muito importante a vinda de manuel bandeira um homem que sofreu muito para públicar seu maior tesouro que era sua poesias e a única omenagem que podiamos prestar a ele é a de publicar suas poesia então ele é um homem "famoso depois de morto" pelo despreso do povo pernambucano pela sua própria cultura.
PARÁBENS MANUEL BANDEIRA!
Eu gosto muito de poemas assim
Manuel Bandeira Parabéns
´Poeminha besta ,eu com com 5 anos fazia um desse.O poema chama trem de ferro e fala de café com pão.
Não é um poema besta! perceba o ritmo dele, é o mesmo ritmo em que o trem anda. Café com pão se repete para representar o trem aumentando de velocidade. Não basta ler, tem que observar.
Este poema ee muito bom voces que tem que ter a intonaçao para poder ler.Manuel Bandeira o maior *-* Eu tamben consiguia fazer um desses poemas.Eu heiin cada gente que besta.
muito bem escrito
que treta
esse poema é muito bom.
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