O talho
F. Ponce de León
Pesada e sonolenta
lâmina de aço
cai afiada
sobre o dedo
menor da mão esquerda.
É quando cicatriz quase-
esquecida rompe-se
por inteiro
fazendo o sangue
vivo jorrar em profusão.
Levanto, levando comigo
o talho. Vou atrás
de água fria
e toalhas limpas
que possam abraçar a dor.
1 Comentários:
Caro Felipe,
Bonito texto. Faz-me ver que como é rico o cotidiano como fonte de poesia. Uma poesia que foge ao lugar-comum, evidenciando a beleza que nos cerca e que muitas vezes não percebemos.
Devo dizer que sinto falta de mais textos teus aqui.
Um abraço,
Rodolfo
www.ecosdiversos.blogspot.com
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