Rasgo na noite haste
Salette Tavares
Rasgo na noite haste
o assombro em que me lera
e em sombras de contraste
gritos de mel sem cera.
Manso refúgio foge
sem um ramo primavera
chora meu sangue hoje
rito que um crime me dera.
Chama de roxo pedra
este rosto em que me mudo
lágrima vidro se quebra
na morte que veste tudo.
Fonte: Melo e Castro, E. M. 1973. O próprio poético. SP, Quíron. Poema originalmente publicado em 1957.
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