Precisa-se de um menino
Frank Crane
Precisa-se de um menino que se porte direito, que sente direito e que fale direito;
Um menino que não tenha as unhas pretas e que tenhas as orelhas limpas; um menino de sapatos engraxados, de roupas escovadas, de cabelo penteado e de dentes bem tratados;
Um menino que dê atenção quando lhe falem, que faça perguntas quando não entender, e que não pergunte o que não é de sua conta;
Um menino que se mexa rápido, mas que para isso faça o mínimo de barulho;
Um menino que assovie na rua, mas não onde deva manter silêncio;
Um menino animado, que tenha sempre um sorriso espontâneo para todos, e que nunca fique emburrado;
Um menino que seja educado com os homens e respeitoso com as senhoras e as meninas;
Um menino que não fume nem queira aprender a fumar;
Um menino que prefira aprender a falar corretamente a falar gíria;
Um menino que não matrate outros meninos e que não permita que o maltratem;
Um menino que, ao desconhecer alguma coisa, diga: “Não sei”, que as errar, fale: “Desculpe”, e que, ao lhe pedirem que faça algo, responda: “Deixe comigo!”;
Um menino que olhe nos olhos dos outros e que sempre diga a verdade;
Um menino ávido por ler bons livros;
Um menino que prefira passar o tempo livre num ginásio de esportes a desperdiçá-lo pelos cantos em jogatinas a dinheiro;
Um menino que não queira ser ‘esperto’, e que de modo algum queira chamar atenção;
Um menino que prefira perder o emprego de férias ou ser expulso da escola a contar uma mentira ou a ser malcriado;
Um menino de quem os outros meninos gostem;
Um menino que se sinta bem na companhia das meninas;
Um menino que não sinta pena de si próprio, que não viva pensando e falando de si mesmo;
Um menino bom para sua mãe, e que seja mais amigo dela que qualquer outra pessoa;
Um menino que faça os outros se sentirem bem quando está por perto;
Um menino que não seja piegas, nem afetado, nem arrogante, e sim saudável, alegre e cheio de vida;
Procura-se esse menino – sua família, sua escola, seus colegas, as garotas, todo mundo o quer.
Fonte: Bennett, W. J., org. 1997. O livro das virtudes para crianças. RJ, Nova Fronteira. Texto publicado em livro em 1921.
3 Comentários:
Simplesmente lindo!
Maravilhoso!
Sempre leio para meus filhos, acho que está faltando ensinar isso a eles hoje em dia.
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