O canto do dínamo
Rudyard Kipling
Como poderia saber que Providência
me deu o ser?
Sei apenas que, a um aceno vosso,
devo tornar-me vosso ouvido e vossos olhos;
E vossa Força, também, para fazer girar
grandes rodas
E libertar do jugo vossos filhos, enquanto
permaneço agrilhoado!
Que importa conhecerdes
os poderes que me movem!
Sei apenas que estou conjugado àqueles
verdadeiros poderes, que rompem os
espaços alterosos,
E, violentando a Terra, poderiam salvar-me,
um dia
Se não fosse o espectro covarde que me
retém para sempre encadeado.
Fonte: Kipling, R. 1991-92. Song of the dynamo. Revista USP 12: 74-5. Poema datado de 1928.
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