28 janeiro 2011

Evolução da resistência

Daniel L. Hartl & Andrew C. Clark

Alguns dos exemplos mais dramáticos da evolução em ação resultam da seleção natural para a resistência a pesticidas químicos em populações naturais de insetos e outras pragas da agricultura. Nos anos 1940, quando os pesticidas químicos foram primeiramente utilizados em larga escala, uma estimativa de 7% da safra agrícola dos Estados Unidos era perdida em virtude da ação de insetos. Sucessos iniciais no manejo químico de pragas foram seguidos por uma perda gradual de efetividade. Hoje, mais de 400 espécies de pragas evoluíram uma resistência significa a um ou mais pesticidas, e 13% da safra agrícola nos Estados Unidos são perdidos em virtude da ação de insetos. O custo total e a perda associada a insetos em 2005 foram de 1,264 bilhão de dólares [...]. Em muitos casos, a resistência significativa a pesticidas evoluiu em 5 a 50 gerações, independentemente de espécie de inseto, região geográfica, pesticida, frequência e método de utilização e outras variáveis igualmente importantes. Detalhes em exemplos reais dependem de fatores como número efetivo da população e extensão do isolamento genético entre populações locais. A evolução da resistência causada por múltiplos alelos interativos pode ser mais longa do que uma resistência de um único gene.
[...]

Fonte: Hartl, D. L. & Clark, A. C. 2010 [2007]. Princípios de genética de populações, 4ª edição. Porto Alegre, Artmed.


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