Cantiga de guarvaia
Paio Soares de Taveirós
No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai,
ca ja moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!
Mao dia que me levantei,
que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des quel di’, ai!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de Don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d’aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nen ei
valia d’ũa correa.
Fonte: Faraco, C. & Moura, F. 1999. Língua e literatura. SP, Ática. Poema datado de fins do século 12 (1189 ou 1198), também conhecido como ‘Poema de Ribeirinha’.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home