18 março 2013

Perda de calor

Arthur C. Guyton & John E. Hall

Grande parte do calor produzido pelo corpo é gerada nos órgãos profundos, especialmente no fígado, cérebro e coração, e nos músculos esqueléticos durante o exercício. A seguir, este calor é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é perdido para o meio ambiente. Portanto, a velocidade de perda de calor é determinada quase completamente por dois fatores: (1) a velocidade de condução do calor de onde ele é produzido no centro do corpo até a pele e (2) a velocidade de transferência do calor entre a pele e o meio ambiente.
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O fluxo sangüíneo do centro do corpo para a pele é responsável pela transferência de calor

Vasos sangüíneos estão profundamente distribuídos por debaixo da pele. Especialmente importante é um plexo venoso contínuo que é suprido pelo influxo de sangue dos capilares da pele [...]. Nas mais expostas do corpo – mãos, pés e orelhas – o sangue também é suprido por anastomoses arteriovenosas.

A velocidade do fluxo sangüíneo no plexo venoso da pele pode variar tremendamente – de valores próximos a zero até cerca de 30% do débito cardíaco. Uma alta velocidade de fluxo na pele faz com que o calor seja conduzido do centro do corpo para a pele com grande eficiência, enquanto a redução na velocidade do fluxo para a pele pode diminuir a condução do calor do centro do corpo para valores bastante baixos.
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Portanto, a pele constitui-se num sistema controlado de “radiador de calor” eficiente e o fluxo de sangue para a pele é o mecanismo mais eficaz para a transferência de calor do centro do corpo para a pele.
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Controle da condução do calor para a pele pelo sistema nervoso simpático. A condução de calor para a pele pelo sangue é controlada pelo grau de vasoconstrição das artérias e das anastomoses arteriovenosas que supre sangue para os plexos venosos da pele. Esta vasoconstrição é controlada quase exclusivamente pelo sistema nervoso simpático em resposta às alterações na temperatura central do corpo e alterações na temperatura ambiente. [...]

Fonte: Guyton, A. C. & Hall. J. E. 2006. Tratado de fisiologia médica, 11ª edição. RJ, Elsevier.

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