Terra do Brasil
D. Pedro de Alcântara
Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas, se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.
Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e nesta creio,
Brando será meu sono sem tardança...
Qual o infante a dormir em peito amigo
Tristes sombras varrendo da memória,
Ó doce Pátria, sonharei contigo!
E, entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da História!
Fonte: Martins, W. 1978. História da inteligência brasileira, vol. 5. SP, Cultrix & Edusp. A autoria deste soneto, publicado em livro em 1898, é controversa.
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