Intolerância à lactose
Donald Voet, Judith G. Voet & Charlotte W. Pratt
Nas crianças, a lactose
(também conhecida como açúcar do leite) é hidrolisada pela enzima intestinal β-D-galactosidase (ou lactase) aos seus componentes
monossacarídicos [glicose + galactose] para absorção na corrente sanguínea. A
galactose é enzimaticamente convertida (epimerizada) em glicose, que é o
principal combustível metabólico de muitos tecidos.
Uma vez que é improvável
os mamíferos encontrarem lactose após terem sido desmamados, a maioria dos
mamíferos adultos possui baixos níveis de β-galactosidase. Conseqüentemente,
boa parte da lactose que eles ingerem atravessa o trato digestivo até o cólon,
onde a fermentação bacteriana produz grandes quantidades de CO2, H2 e agentes
orgânicos irritantes. Esses produtos causam as dificuldades e as dores digestivas
conhecidas como intolerância à lactose.
A intolerância à lactose,
que já foi considerada um distúrbio metabólico, é, na realidade, bastante
comuns em seres humanos adultos, em particular de descendência africana ou
asiática. Curiosamente, entretanto, os níveis de β-galactosidase diminuem
apenas de forma amena com a idade em descendentes de populações que,
historicamente, consomem uma base de produtos laticínios na dieta, durante toda
a vida. A tecnologia de alimentos moderna tem auxiliado os adultos apreciadores
de leite com intolerância à lactose: encontra-se disponível um tipo de leite em
que a lactose foi previamente hidrolisada de modo enzimático.
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