Copo de água
Alberto de Lacerda
Que maravilha um copo de
água!
Que transparência
saborosa!
Penetra a luz nos nossos
lábios
Como nos olhos uma rosa.
Ó material, imaterial
Incandescência, ponte
clara!
Brasão da terra,
misterioso,
Da terra boa, terra
amara.
Ó doçura que nos inunda
Como um clarão vindo de
tudo,
Ó água que vais abrigando
Neste copo teu riso mudo!
Mudo? Não sei. Talvez
caudal
Já tenhas sido, eco
celeste,
Céu que te abres ao corpo
súplice,
Seda que a sede humana
veste!
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