Reminiscências
Belmiro Braga
Ao meu irmão Domingos
Braga.
Nesta em que vivo triste
soledade,
os olhos rasos d’água, o
peito em ânsia,
recordo-me com mágoa e
com saudade
da quadra tão feliz da
minha infância.
E entre o viver de agora
e essa áurea idade,
que triste, que cruel,
que erma distância!...
E a manhã que passou
voltar não há de
recendente de tépida
fragrância?...
Serras virentes, que não
mais transponho,
na retina fiel ainda eu
vos tenho
e revejo através de um
brando sonho
a casa onde nasci, as
mansas reses,
a várzea, o laranjal, a
horta, o engenho
e a cruz onde rezei por
tantas vezes!...
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