Um pobre
E. R. Goilo
A suavidade de seu olhar
roga que o ajudes.
Tem fome, nada tem,
falta-lhe dinheiro para saciá-la,
Caminha pela estrada com
a alma na mão,
Busca comida, talvez te
peça pão...
Para em cada esquina onde
possam ajudá-lo.
Quanto mais caminha, mais
tristeza a aguardá-lo.
Olha muita gente em cada
porta com afã
E tem medo, o chapéu
estende: pobre, não podes vir amanhã?
Por que sua família, seu
amigos não auxiliam?
Tem que suportar todos os
dias o menosprezo de outra gente,
Com vergonha precisa
pedir e sem faltar com a verdade
Nunca um pobre pisou no
mundo com riqueza de amizade...
As pessoas ricas gozam
com sorriso e falsidade,
Mas o pobre só pode viver
à mercê da caridade.
Em sua alma a tristeza,
no corpo o mal-estar.
Mas uma flor é sua
pobreza para adornar de Deus o altar.
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