Abastecimento de energia e contração muscular
Jürgen Weineck
No início de qualquer
treinamento esportivo de maior intensidade, em que a necessidade de energia não
pode ser suficientemente satisfeita de forma aeróbica – a demora inicial na
absorção respiratória de oxigênio provavelmente é causada por uma resposta
relativamente lenta do sistema circulatório para começar a trabalhar [...] –, o
músculo é obrigado a obter a energia necessária, em parte, por meio de
processos anaeróbicos.
A primeira reação que
fornece energia é a quebra do ATP [...].
A quantidade de ATP na
célula muscular é de aproximadamente 6 mmol por kg de massa muscular úmida
[...] e é suficiente apenas para segundos, em contrações musculares máximas.
[...]
Quando uma carga dura
mais de 1 minuto, a obtenção aeróbica de energia, que ocorre nas mitocôndrias,
assume um progressivo papel dominante.
[...]
Ao contrário do que acontece
na preparação anaeróbica de energia, aqui podem ser utilizadas, como portadoras
de energia, além da glicose, também gorduras (na forma de ácidos graxos livres
[...]) e, em casos de emergência (como fome ou carga de duração extrema), até
proteínas (na forma de aminoácidos [...]).
É importante ainda
salientar que a intensidade do trabalho muscular – e com isso a velocidade de
contração da fibra muscular – modifica-se, dependendo do abastecimento possível
de energia [...].
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