Caracteres quantitativos
Magno A. P. Ramalho, João Bosco dos Santos & Maria José O. Zimmermann
Caracteres quantitativos
são aqueles controlados por vários genes e/ou muito influenciados pelo
ambiente. Devido à presença de um ou ambos os fatores, estes caracteres
normalmente apresentam variação contínua. [...]
No estudo dos caracteres
quantitativos, utilizando os componentes de médias, o ponto de partida é a
elaboração de um modelo. Como ilustração será considerado um caso bem simples,
onde estará envolvido apenas um gene com dois alelos (B, b). Nesta situação a
letra maiúscula não significa dominância, mas apenas indica que o alelo B é o favorável para fins de
melhoramento e o b, o desfavorável.
Também será considerado no estabelecimento do modelo, a ausência de efeitos
ambientais.
Numa situação como esta,
podem ocorrer apenas três genótipos: BB,
Bb e bb. Para descrever a diferença fenotípica entre eles, há
necessidade de se conhecer um ponto de origem, que no caso é a média fenotípica
dos genótipos homozigóticos representada aqui por m (ou ponto médio). O componente α mede o afastamento dos
homozigotos em relação ao ponto médio, e o componente δ mede o afastamento do
heterozigoto em relação ao mesmo ponto. Assim o modelo genético que representa
o componente da média do genótipo BB
é m + α, do genótipo bb é m
– α, e do genótipo Bb é m + δ. Como
foi mencionado, α e δ são desvios em relação à media [...]. As relações entre α
e δ permitem conhecer o tipo de interação alélica presente; assim se δ = 0, o
alelo em questão não exibe dominância; se δ = α, há dominância completa; com 0
< δ < α há dominância parcial, e se δ > α, há sobredominância. A
relação δ / α é [denominada] de grau de dominância (gd) de um determinado loco.
Pelo exposto anteriormente, quando gd = 0, não há dominância; se gd = 1, há
dominância completa; se gd estiver compreendido entre 0 e 1, ocorre dominância
parcial; e se gd > 1, há sobredominância.
[...]
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