Vestígios da criação
Robert Chambers
[p. 160] [T]udo que a geologia nos diz sobre a sucessão das espécies
parece natural e inteligível. A vida orgânica faz pressão, como se tem observado, onde haja espaço e
encorajamento, sendo as formas sempre de maneira a adaptar-se às circunstâncias
e em certa relação a elas como, por exemplo, onde os mares que formam pedras
calcárias produzem abundância de corais, crinoides e moluscos. [...]
[p. 222-3] A ideia que faço do progresso da vida orgânica sobre a [T]erra
– e a hipótese aplica-se a todos os [semelhantes] teatros de [seres vitais] – é,
portanto, que o tipo mais simples e mais
primitivo, sob uma lei a que está subordinada a produção do semelhante, deu [origem] ao tipo imediatamente superior, que produziu o superior seguinte, e
assim por diante até ao mais alto, sendo os estágios de adiantamento, em
todos os casos, muito pequenos – isto é, de uma espécie somente para outra, de [modo]
que o fenômeno [sempre] foi de caráter simples e modesto. [...] Por conseguinte,
a produção de novas formas, conforme [vemos] nas páginas do registro [geológico],
nunca foi nada mais que novo estágio de progresso em gestação, um evento tão
simplesmente natural e tão pouco acompanhado de circunstâncias de espécie maravilhosa
ou surpreendente [como] o progresso silencioso de uma mãe comum de uma semana
para outra [em sua gravidez].
Fonte: Hardin, G., org. 1967. População,evolução & controle da natalidade. SP, Nacional & Edusp. O trecho acima
integra um livro publicado originalmente em 1844.
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