21 maio 2018

Vestígios da criação

Robert Chambers

[p. 160] [T]udo que a geologia nos diz sobre a sucessão das espécies parece natural e inteligível. A vida orgânica faz pressão, como se tem observado, onde haja espaço e encorajamento, sendo as formas sempre de maneira a adaptar-se às circunstâncias e em certa relação a elas como, por exemplo, onde os mares que formam pedras calcárias produzem abundância de corais, crinoides e moluscos. [...]

[p. 222-3] A ideia que faço do progresso da vida orgânica sobre a [T]erra – e a hipótese aplica-se a todos os [semelhantes] teatros de [seres vitais] – é, portanto, que o tipo mais simples e mais primitivo, sob uma lei a que está subordinada a produção do semelhante, deu [origem] ao tipo imediatamente superior, que produziu o superior seguinte, e assim por diante até ao mais alto, sendo os estágios de adiantamento, em todos os casos, muito pequenos – isto é, de uma espécie somente para outra, de [modo] que o fenômeno [sempre] foi de caráter simples e modesto. [...] Por conseguinte, a produção de novas formas, conforme [vemos] nas páginas do registro [geológico], nunca foi nada mais que novo estágio de progresso em gestação, um evento tão simplesmente natural e tão pouco acompanhado de circunstâncias de espécie maravilhosa ou surpreendente [como] o progresso silencioso de uma mãe comum de uma semana para outra [em sua gravidez].

Fonte: Hardin, G., org. 1967. População,evolução & controle da natalidade. SP, Nacional & Edusp. O trecho acima integra um livro publicado originalmente em 1844.

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