A questão da ciência pela ciência
Joseph Weizenbaum
Em 1935, Michael Polanyi, então professor de química-física na Victoria University, de Manchester, Inglaterra, viu-se subitamente confrontado com questões filosóficas que desde então passaram a dominar a sua vida. O choque partiu de Nikolai Bukharin, um dos principais teóricos do Partido Comunista Soviético, que afirmou a Polanyi que “sob o regime socialista a concepção de ciência pela ciência desapareceria, pois os interesses dos cientistas voltar-se-iam espontaneamente para os problemas do actual Plano Quinquenal”. Polanyi compreendeu então que “a perspectiva científica parecia ter originado uma concepção mecanicista do homem e da História, em que não havia lugar para a própria ciência”. E mais ainda: que “esta concepção negava indistintamente qualquer força intrínseca ao pensamento, eliminando assim quaisquer motivos para reclamar a liberdade de pensamento”.
Fonte: Weizenbaum, J. 1992 [1976]. O poder do computador e a razão humana. Lisboa, Edições 70.
Em 1935, Michael Polanyi, então professor de química-física na Victoria University, de Manchester, Inglaterra, viu-se subitamente confrontado com questões filosóficas que desde então passaram a dominar a sua vida. O choque partiu de Nikolai Bukharin, um dos principais teóricos do Partido Comunista Soviético, que afirmou a Polanyi que “sob o regime socialista a concepção de ciência pela ciência desapareceria, pois os interesses dos cientistas voltar-se-iam espontaneamente para os problemas do actual Plano Quinquenal”. Polanyi compreendeu então que “a perspectiva científica parecia ter originado uma concepção mecanicista do homem e da História, em que não havia lugar para a própria ciência”. E mais ainda: que “esta concepção negava indistintamente qualquer força intrínseca ao pensamento, eliminando assim quaisquer motivos para reclamar a liberdade de pensamento”.
Fonte: Weizenbaum, J. 1992 [1976]. O poder do computador e a razão humana. Lisboa, Edições 70.
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