07 maio 2022

Digressão histórica sobre a linguagem científica

Afrânio do Amaral

Dado que a nossa Linguagem Científica recorreu a fontes usuais e a étimos eruditos, cabe-nos fazer ligeira digressão pelas origens, nas quais tão de pronto transparecem as indeléveis influências da cultura grego-romana, para não dizer indo-europeia, sobretudo evidente nesse tipo de produção da mente humana.

A partir do Sânscrito que, mediante os cânticos sacros preservados pelo Devanágare, contribuiu com inúmeras raízes e temas que se perpetuaram em composições vocabulares cujo sentido ainda hoje se respeita; e, em seguida, do Irânico, registrado nos livros do Zend-Avesta; a partir do Sânscrito e do Irânico, as repetidas migrações de hordas e de povos oriundos do planalto central (uralo-altaico) da Ásia, ou [seja] Mongóis, Hunos, Persas, Medas, Semitas, Islamitas, imitados por Gregos e Romanos, foram realmente multiformes as quotas que de várias frentes advieram para a formação e enriquecimento dessa linguagem.

Fonte: Amaral, A. 1976. Linguagem científica. SP, CFC, Unicamp, UFRJ, UnB e SCCT/SP.

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