09 agosto 2022

As taxas seguem a cair. Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 1 e 7/8, as taxas ficaram em 0,0778% (casos) e 0,0312% (mortes). Ambas estão em declínio: aquela caiu pela quinta semana consecutiva; esta, pela terceira. Continuo a sustentar a hipótese de que essas quedas se devem à retomada de hábitos básicos de higiene (em especial o uso de máscara).

*

1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas na noite de ontem (7/8) [1], eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 73% dos casos (de um total de 584.518.489) e 70% das mortes (de um total de 6.417.945) [3].

(B) – Nesses 20 países, 400 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 93% dos casos. Em escala global, 560 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista passou a ser liderada pelo Japão, com 4,44 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Estados Unidos (3,52 milhões), Alemanha (2,21), Coreia do Sul (1,98) e Itália (1,93); e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (13,16 mil); em seguida aparecem Brasil (6,4 mil), Reino Unido (4,4), Itália (4,0) e Alemanha (3,0).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 1-7/8/22.

Ontem (7/8), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 7.198 casos e 57 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 34.018.371 casos e 679.996 mortes.

Na semana encerrada no domingo (1-7/8), foram registrados 184.688 novos casos e 1.483 mortes. (Na semana anterior, 25-31/7, foram 242.327 casos e 1.549 mortes.)

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos teve uma queda expressiva, caindo de 0,1027% (25-31/7) para 0,0778% (1-7/8) (ver a figura que acompanha este artigo) [5].

A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, recuou de 0,0327% (25-31/7) para 0,0312% (1-7/8).

*


FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 7/8/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

*

4. CODA.

A taxa de casos tornou a cair, agora pela quinta semana consecutiva. A taxa de mortes recuou pela terceira semana consecutiva.

Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)

*

NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Itália e Coreia do Sul; (e) Entre 15 e 20 milhões – Rússia e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Japão e Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Austrália, Argentina e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Colômbia e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: sete unidades federativas (DF, MA, MG, MT, RJ, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (1/8). Juntas, elas respondem por 26% dos casos e 27% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a propor que ao menos 2.558 casos e 21 mortes deixaram de ser informados ontem (7/8).

[5] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

* * *

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker