28 setembro 2022

As taxas (casos e mortes) tornaram a cair e o pesadelo, enfim, parece estar com os dias contados

Felipe A. P. L. Costa [*]

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 19 e 25/9, as taxas ficaram em 0,0186% (casos) e 0,0089% (mortes). Ambas tornaram a cair, após o susto da semana anterior. Mas a pandemia ainda não acabou. Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no fim da manhã de hoje (26/9) [1], eis um resumo da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 615.178.854) e 70% das mortes (de um total de 6.537.201) [3].

(B) – Nesses 20 países, 432 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 95% dos casos. Em escala global, 601 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista segue a ser liderada pelo Japão, com 2,53 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os Estados Unidos (1,85 milhões), a Coreia do Sul (1,61), a Rússia (1,37) e Taiwan (1,03). O Brasil (256 mil) está na 10ª colocação; e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos Estados Unidos (12,23 mil); em seguida aparecem Japão (5,35 mil), Rússia (2,63), Alemanha (2,354) e Brasil (2,353).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 19-25/9.

Ontem (25/9), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 1.226 casos e 23 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 34.632.220 casos e 685.805 mortes.

Na semana encerrada ontem (19-25/9), foram registrados 45.173 casos e 429 mortes. Os dois totais caíram em relação aos números da semana anterior (12-18/9: 58.422 casos e 516 mortes).

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Após uma breve estagnação, ambas tornaram a cair em relação aos valores da semana anterior.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,0242% (12-18/9) para 0,0186% (19-25/9) (ver a figura que acompanha este artigo) [5].

A taxa de crescimento no número de mortes caiu de 0,0107% (12-18/9) para 0,0089% (19-25/9). Este último é o valor mais baixo desde o início da série, em março de 2020.

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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 25/9/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

Após o susto da semana anterior (aqui), as taxas de casos e mortes tornaram a cair na semana passada. É uma boa notícia. E a notícia fica ainda melhor quando descobrimos que as estatísticas estão a arrefecer na maioria dos países, com raras exceções (e.g., Rússia, Taiwan, Turquia e Ucrânia).

O pesadelo parece estar com os dias contados. Mas ainda não acabou. Máscaras e vacinas devem continuar na ordem do dia, sobretudo no interior de lugares fechados. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 95 e 100 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Coreia do Sul, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia; (e) Entre 15 e 20 milhões – Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã e Austrália; (h) Entre 8 e 10 milhões – Argentina e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Indonésia e Colômbia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: 15 unidades federativas (AC, DF, MA, MG, MT, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, SC e TO) não divulgaram as estatísticas de ontem (25/9).

[5] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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