27 dezembro 2022

Três anos de crise: Com 3% da população mundial, o país responde por 6% dos casos e 10% das mortes

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Um rápido balanço dos três anos transcorridos desde o início da crise (12/2019 a 12/2022), prontamente revela o desarranjo da situação brasileira. Com 2,7% da população mundial (215 milhões de um total de 8 bilhões de habitantes), o país responde hoje por 5,5% dos casos (36,2 milhões de um total de 657,3 milhões de casos) e por 10,4% das mortes (693 mil de um total de 6,679 milhões de mortes).

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas mundiais obtidas na manhã de hoje (26/12) [1], eis um resumo da situação.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 657.274.518) e 69% das mortes (de um total de 6.679.462) [3].

(B) – Nesses 20 países, 469 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, 634 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (a) Em números absolutos, a lista segue a ser liderada pelo Japão, agora com 3,8 milhões de novos casos; (b) Entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os Estados Unidos (1,8 milhão), a Coreia do Sul (1,72), a França (1,53) e o Brasil (943 mil). Preocupa saber que as estatísticas subiram em todos esses países ao longo da última semana; e (c) A lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos Estados Unidos (10,74 mil); em seguida aparecem Japão (6,15 mil), Alemanha (3,27), Brasil (3,21) e Itália (2,84).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 19-25/12.

Ontem (25/12), de acordo com números extraoficiais (aqui), toram registrados em nove estados mais 8.391 casos e 48 mortes. (18 unidades da federação não divulgaram suas estatísticas: AL, AP, DF, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PI, PR, RJ, RN, RR, SC, SE e TO.) Teríamos chegado assim a um total de 36.171.154 casos e 692.934 mortes.

Na semana encerrada ontem (19-25/12), foram registrados 269.176 casos e 1.051 mortes. Números (artificialmente?) inferiores aos da semana anterior (12-18/12: 324.440 casos e 1.129 mortes).

3. DESARRANJO VERDE E AMARELO.

Um rápido balanço dos três anos transcorridos desde o início da crise (dezembro de 2019), prontamente revela o desarranjo da situação brasileira. Fruto de uma gestão (deliberadamente?) desastrosa, a ponto de ser facilmente classificada como criminosa.

Com 2,7% da população mundial (215 milhões de um total de 8 bilhões de habitantes), o país responde hoje por 5,5% dos casos (36,2 milhões de um total de 657,3 milhões de casos) e por 10,4% das mortes (693 mil de um total de 6,679 milhões de mortes).

4. CODA.

A situação é preocupante. Com os governantes de braços cruzados e a imprensa brasileira de olhos fechados, o número de mortes evitáveis segue a aumentar. Além do sinal amarelo, a sirene também já deveria estar ligada.

Máscaras e vacinas são as armas que nós temos para frear as escaladas e puxar as estatísticas para baixo. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 10 grupos: (a) Entre 100 e 110 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França, Alemanha e Brasil; (d) Entre 25 e 30 milhões – Coreia do Sul, Japão e Itália; (e) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Rússia; (f) Entre 15 e 20 milhões – Turquia (estatísticas congeladas); (g) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (h) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã e Austrália; (i) Entre 8 e 10 milhões – Argentina, Taiwan e Países Baixos; e (j) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

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