09 dezembro 2023

Covid-19 – Em 2023, a inércia e a doença já mataram 14,1 mil brasileiros

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Em escala planetária, já foram registrados 699 milhões de casos e 6,948 milhões de mortes [1]; em escala nacional, 38,11 milhões de casos e 708 mil mortes. Só este ano (1/1-2/12/2023), foram registrados em todo o país 1,75 milhão de casos e 14,1 mil mortes. As estatísticas brasileiras, claro, já foram muito piores. Mas nós ainda não ‘zeramos o problema’. O vírus segue a circular, enquanto a doença segue a fazer vítimas, sobretudo entre aqueles que nunca se vacinaram. Não fuja da vacina. De resto, se estiver se sentindo ‘gripado’ (dor de cabeça, febre, tosse etc.), não saia de casa sem usar máscara.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no fim da manhã de hoje (8/12), eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 698.996.100) e 69% das mortes (de um total de 6.948.328) [2].

(B) – Nesses 20 países, ao menos 499 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, receberam alta ao menos 669 milhões de indivíduos.

(C) – Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 12 grupos (países cujas estatísticas estão congeladas há vários meses, estão indicados por um *): (a) Entre 100 e 110 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 45 e 50 milhões – Índia; (c) Entre 40 e 45 milhões – França*; (d) Entre 35 e 40 milhões – Alemanha e Brasil; (e) Entre 30 e 35 milhões – Coreia do Sul e Japão*; (f) Entre 25 e 30 milhões – Itália; (g) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Rússia; (h) Entre 15 e 20 milhões – Turquia*; (i) Entre 12 e 15 milhões – Espanha*; (j) Entre 10 e 12 milhões – Austrália, Vietnã, Taiwan e Argentina; (k) Entre 8 e 10 milhões – Países Baixos; e (l) Entre 6 e 8 milhões – México, Irã e Indonésia.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 26/11-2/12.

De acordo com as estatísticas divulgadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, em 5/12, foram registrados em todo o país na semana passada (26/11-2/12) mais 28.222 casos e 232 mortes.

Teríamos chegado assim a um total de 38.106.633 casos e 708.021 mortes.

Olhando apenas para os números deste ano (1/1-2/12), já foram registrados 1.749.532 casos e 14.072 mortes. São, em média, 5.222 casos e 42 óbitos por dia (ou 36.557 casos e 294 óbitos por semana).

3. CODA.

A pandemia adormeceu. O que ajuda a explicar porque vários países interromperam a divulgação das estatísticas.

Entre nós, a pandemia também arrefeceu. Ocorre que o vírus segue a circular e a doença, claro, segue a fazer vítimas, sobretudo entre aqueles que nunca se vacinaram. No cômputo final, eu diria que as estatísticas (em especial a de mortes) ainda estão acima do nível que a sensatez classificaria como aceitável – número de mortes, digamos, comparável ao da gripe (ver aqui).

Não fuja da vacina. De resto, se estiver se sentindo ‘gripado’ (dor de cabeça, febre, tosse etc.), não saia de casa sem usar máscara. Não custa repetir: Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas que nós temos para (i) impedir a ocorrência de surtos locais; e (ii) impedir o surgimento de novidades evolutivas que venham a promover uma nova e repentina escalada dos números. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] As estatísticas mundiais estão a ser extraídas agora do painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA), e não mais do painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA). Os dois painéis concordavam em quase tudo, com apenas uma ou outra exceção.

[2] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

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