Português e crioulo frente a frente
Dulce Almada Duarte
No passado o português era uma língua imposta. Hoje em dia ela deixou de sê-lo, de um certo ponto de vista. Esta liberdade, que nós temos hoje, de falar o crioulo, é bastante positivo. Antigamente, uma pessoa com um determinado grau de instrução sentia vergonha de falar crioulo em público. Em certas famílias era proibido falar crioulo em casa. Na minha, por exemplo. Eu sempre me exprimi em português em casa, embora às escondidas falasse sempre o crioulo. Atualmente, utilizo muito mais o crioulo do que o português e parece-me que isso é verdade para a maioria esmagadora dos cabo-verdianos.
O fato de ser uma língua imposta fazia que o português, quando utilizado por pessoas de um determinado nível de instrução, o fosse muito corretamente. Isso não mais acontece.
Hoje em dia encontram-se alunos do 5º ano de ensino secundário que se expressam muito mal em português e ainda o escrevem pior.
A nossa preocupação é justamente conciliar o fato de termos a liberdade de falar a língua materna com a necessidade de utilizarmos corretamente a língua que ainda é considerada a língua oficial.
Fonte: Cunha, C. 1981. Língua, nação, alienação. RJ, N Fronteira.
O fato de ser uma língua imposta fazia que o português, quando utilizado por pessoas de um determinado nível de instrução, o fosse muito corretamente. Isso não mais acontece.
Hoje em dia encontram-se alunos do 5º ano de ensino secundário que se expressam muito mal em português e ainda o escrevem pior.
A nossa preocupação é justamente conciliar o fato de termos a liberdade de falar a língua materna com a necessidade de utilizarmos corretamente a língua que ainda é considerada a língua oficial.
Fonte: Cunha, C. 1981. Língua, nação, alienação. RJ, N Fronteira.
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