30 março 2024

Covid-19 – Urina de vaca não é remédio

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Em escala planetária, já foram registrados 704,5 milhões de casos e 7 milhões de mortes [1]; em escala nacional, já são 38,73 milhões de casos e 711 mil mortes. Só nas 12 primeiras semanas de 2024 (31/12/23 a 17/3/24), foram registrados em todo o país 519 mil casos e 2,6 mil mortes. Parcela expressiva dessas mortes envolveu gente física ou mentalmente desprotegida. Não fuja da vacina. De resto, se estiver se sentido ‘gripado’ (dor de cabeça, febre, tosse etc.), não saia de casa sem usar máscara.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS.

Levando em conta as estatísticas obtidas hoje (29/3), eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 704.531.140) e 69% das mortes (de um total de 7.008.933) [2].

(B) – Nesses 20 países, ao menos 502 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, receberam alta ao menos 675 milhões de indivíduos.

(C) – Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 12 grupos (países cujas estatísticas estão congeladas desde o ano passado, estão indicados por um *): (a) Entre 110 e 120 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 45 e 50 milhões – Índia; (c) Entre 40 e 45 milhões – França*; (d) Entre 35 e 40 milhões – Alemanha e Brasil; (e) Entre 30 e 35 milhões – Coreia do Sul e Japão*; (f) Entre 25 e 30 milhões – Itália; (g) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Rússia; (h) Entre 15 e 20 milhões – Turquia*; (i) Entre 12 e 15 milhões – Espanha*; (j) Entre 10 e 12 milhões – Austrália, Vietnã, Taiwan e Argentina; (k) Entre 8 e 10 milhões – Países Baixos; e (l) Entre 6 e 8 milhões – México, Irã e Indonésia.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS.

De acordo com as estatísticas divulgadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, em 28/3, foram registrados em todo o país na semana passada (12-17/3) mais 35.615 casos e 283 mortes. Totalizando assim 38.729.836 casos e 711.249 mortes desde a chegada da pandemia ao país, no Carnaval de 2020.

Olhando apenas para as 12 primeiras semanas de 2024 (31/12/23 a 17/3/24), já foram registrados em todo o país 518.972 casos e 2.611 mortes. São, em média, 43.248 casos e 218 óbitos por semana. (Nesse ritmo, serão registrados ao menos 11,4 mil óbitos até o fim de 2024.)

3. CODA.

O pesadelo da morte por Covid-19 segue a atormentar muitas famílias brasileiras. Não era para ser assim.

Ouso até mesmo dizer que uma parcela expressiva das mortes ocorridas em 2024 envolveu gente que estava física ou mentalmente desprotegida. Notadamente os sonâmbulos, gente que ainda acredita que urina de vaca é remédio. Esse pessoal não foi se vacinar ou não se vacinou direito!

Não fuja da vacina – abra os olhos e procure logo um posto de vacinação! De resto, se estiver se sentido ‘gripado’ (dor de cabeça, febre, tosse etc.), não saia de casa sem usar máscara. Não custa repetir: Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas que nós temos para (i) impedir a ocorrência de surtos locais; e (ii) impedir o surgimento de novidades evolutivas que venham a promover uma nova e repentina escalada dos números. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço felipeaplcosta@gmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] As estatísticas mundiais foram extraídas do painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA), e não mais do painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA). Os dois painéis concordavam em quase tudo, com apenas uma ou outra exceção.

[2] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

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