17 setembro 2025

Sistemas de incompatibilidade

Maria Helena Bodanese Zanettini

Nas Angiospermas, para que o gametófito masculino (grão de pólen) encontre o gametófito feminino (saco embrionário), ele deverá germinar e percorrer um caminho através do tecido esporofítico feminino (pistilo). Assim, o pistilo é, com poucas exceções, a ‘arena’ onde ocorre o fenômeno da incompatibilidade. É importante lembrar que, como o pistilo é um tecido esporofítico diploide, sua reação de incompatibilidade será controlada geneticamete por seu genoma esporofítico. Por outro lado, o gametófito masculino (o pólen) porta alguns componentes do tecido esporofítico no qual se desenvolveu (ex.: material proveniente do tapete, incrustado nas cavidades da exina). O pólen porta também o citoplasma de seu genitor esporofítico. Assim, a reação de compatibilidade do pólen pode ser controlada geneticamente, ou pelo genoma do próprio gametófito ou pelo genoma do genitor esporofítico. De acordo com isto, os sistemas de incompatibilidade foram divididos em 2 grupos principais: incompatibilidade gametofítica e incompatibilidade esporofítica.

Fonte: Zanettini, M. H. B. 2003. In: Freitas, L. B. & Bered, F., orgs. Genética & evolução vegetal. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

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