29 agosto 2025

Combinar teoria e experimentação é um desafio

Gabriel Serafini

Houve um momento em minha vida que precisei escolher entre finalizar uma carreira orientada para a pesquisa científica ou dedicar-me à docência, atividade para a qual sentia uma natural inclinação. Para isso devia quebrar a ingênua imagem de que o único trabalho sério é o do cientista. A falsidade de tal afirmação é, hoje, evidente para mim, mas não o era tanto para o jovem que havia imaginado a si mesmo submerso em complexas equações de algum tema ‘de ponta’ da física (teórica, logicamente). Afastar-me desse caminho representava um certo nível de frustração e por isso a decisão não foi simples.

Comecei a estudar em um curso de formação de professores de Física para o nível médio. Na minha experiência, os professores da área pedagógica ignoravam as ciências naturais, e aqueles responsáveis pelas matérias específicas pareciam estar à margem das questões educacionais.

Sintetizando, o problema era que ninguém me ensinava a ensinar. Procurei respostas nos textos de ciências naturais para a escola de ensino fundamental e para o nível médio. Muitos desses livros propunham atividades engenhosas, mas também muitos expunham diversos erros conceituais. Essas duas vertentes apareciam frequentemente num mesmo texto.

Fonte: Weissmann, H., org. 1998. Didática das ciências naturais. P Alegre, Artmed.

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