18 setembro 2011

Metaformose

Valéria Paz de Almeida

A palavra atravessa
a máscara pálida da emoção
e instiga o reflexo ofuscante da criação.

Através da forma formosa
da disforme fôrma
da alomorfia da metáfora
crio e recrio
o empírico
o impuro
o imperene.

Até o nada
me alucina
me fertiliza.
Niilismo lírico
da existência metamórfica
que me desgasta
e se engasta na palavra.

Essa palavra que atravessa
o corpo silente
e explode e se expande
como o cosmo
metaformoso.

Fonte: Cereja, W. R. & Magalhães, T. C. 2005. Português: Linguagens, 5ª edição. SP, Atual.

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