A libélula
Gustavo Teixeira
Entre os juncos das bordas da lagoa
Onde bebem a fera e a pomba mansa,
Voa a leve libélula, revoa,
E sutilmente sobre as águas dança.
Sem rumo, sobe e desce, gira à toa,
Fixa-se no ar e – alada flecha – avança.
Só quando a terra de astros se coroa,
A dançarina alígera descansa.
Num flexível caniço que a aura entorta
E oscila ao choque de uma folha morta,
Dorme, a sonhar com o lago, que se estrela.
Assim que a noite o lábaro desfralda,
O pirilampo acende em torno dela
Pequeninas auroras de esmeralda...
Fonte: Lenko, K. & Papavero, N. 1979. Insetos no folclore. SP, Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas.
1 Comentários:
Linda poesia, muito obrigada por compartilhar! Combina com a libélula da Tinin historinhas! https://www.instagram.com/p/CrGIN-ENSgW/?igsh=MTc4OTlsb2VpbXlkbg==
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